sexta-feira, 10 de abril de 2020

Ele

Levanto-me e desperta o sentimento que esse dia Santo sustentou.
Morte e Vida.  Aqui, não oposto.
Poucas palavras, uma nobre e imensa capacidade de ultrapassar o significado de salvação eterna; Foi, e vai além. Dá sentido à tudo, enquanto nessa terra firme permanecemos.  
Dois mundos,                            e um vazio imenso. 
Simples. Humilde. (Sobre)natural.

Ele foi, é e sempre será.
3|9 horas, sexta-feira, dita Santa.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

E quando isso já não me bastasse, quando não fosse o suficiente, eu o teria libertado! Ele, que por tantos anos viveu para esconder, para cercar, para acorrentar algo/alguém hoje não se vê, não se percebe. Ele que de tanto ser amado, de tanto ser querido, caiu, não amou, não quis, não pôde! Em que mares perdidos estavas quando não fostes sensível o bastante para perceber esse amor? Era tão grande, era imenso, o mundo não deu conta de nele ser carregado. Amou, mas sem regras, assim, como de herança deixou tal lição... Mas será usada com regalias tal herança? E as consequências, de onde vieram?
Vamos fugir, fugir pra aquele canto onde as dunas escondiam o lago, onde o mar encobria com a maré alta a areia, lá onde a foto não gravou o que se chamada de amor de pai! Onde foram deixadas todas as lágrimas que por aqui cairam, onde regaram as boas sementes que por nós estavam pretendidas contigo? Nada mais importa. Nada mais se comporta!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Da minha forma de amar...

Do amor não se extrai egoísmo, não há rancor, não há falta de perdão.
O amor não é talvez o que tudo supera, mas daqueles que atrai da forma mais veroz a vontade de sentir-se bem com o outro. 
Não existe ´´de todos os amores´´, existe ´´o amor´´, de resto tudo é coleguismo ou amizade informal.
O amor envolve amizade, não há falsidade.
Não há arrogância, há talvez ignorância.
Há liberdade, há cumplicidade.
Da felicidade, é o amor!
´´A felicidade só é real quando é compartilhada´´  A. Supertramp (´´compartilhada´´)
 
  "Sentimos que aqui nas cercanias quase só nós praticamos esta nobre arte, muito embora, para usar de franqueza, a maioria dos citadinos, a julgar pelo que afirmam, gostariam de, como faço, caminhar de vez em quando, mas não podem. Nenhuma fortuna é capaz de comprar os requisitos lazer, liberdade e independência, que são essenciais nesta profissão."
 Thoreau, H. D. - Andar A Pé

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Andar a pé- Thoreau

Reflexões sobre um panorama em que a floresta seria um centro, o grande centro da liberdade. Caminhar sobre ela sim traz a verdadeira noção de harmonia... Como um raio em que os negócios do dia-a-dia ficam na superfície, negócios esses que representam o homem que consome o próprio bem ao homem!
Mas e essa superfície, esses ´´negócios´´ do cotidiano, tem que fazer parte de tudo? É necessário que se ande por eles para chegar até ´´a floresta´´, o lugar da caminhada profunda, dos caminhos que conduzem aos ares puros, à essência da liberdade? Acho que sim, mas lá chegando, no profundo, na floresta, nenhuma recordação deve se levar? Permitir o novo entrar, mas nunca deixar as memórias que te construiram, assim pretendo sentir!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

I believe in miracles. I believe in a better world for me and you. Oh, I believe in miracles. I believe in a better world for me and you.

Felicidade. Ser feliz não implica necessariamente em estar feliz a todo momento. Vai além, muito além... É mesmo em meio a toda efemeridade dessa vida ser capaz de parar em seus 30 segundos, aqueles que são só seus, e sorrir. Sorrir, ainda que ninguém o faça. Um grande dia não se faz por ter uma linda manhã, uma bela tarde e uma noite maravilhosa; um grande dia se faz quando em meio a um dia cansativo tens a capacidade de parar sozinha, ou em meio a pessoas desconhecidas e conseguir sentir um pouco de paz, em sorrir. Hoje, quando saio fim de tarde para andar de bike, parece tão simples, tão bobo, mas em 2 segundos que chego na esquina consigo ganhar o dia... Capivaras! Sim, capivaras. É um mundo melhor, onde todos parar para os animais atravessarem, é um mundo melhor em que todos se olham e soltam um sorriso ainda que tímido, mas é um sorriso... Um mundo melhor, onde há respeito e um quê de cumplicidade em perceber no outro que tudo pode ser simples, inclusive a felicidade.

sábado, 15 de junho de 2013

Sem título.

Into the wild. Na natureza selvagem. Penso na dualidade das palavras natureza e selvagem. Não há antítese, há de toda forma um complemento entre as duas razões de ser e em seus significados.
Perdido na natureza selvagem... Alexander Supertramp, em qual natureza selvagem estavas perdido? Fostes até o âmago da natureza-mãe para tentar te encotrar com a tua natureza, ou perder-se?
O quê exatamente te consumiu? O quê exatamente foi consumido por ti? Chegastes ao estado prático descrito por Rosseau, ou ele já estava em ti? Fostes buscar a selvageria para ficar realmente isolado, para não querer o bem coletivo ou deixastes em algum momento a distinção entre o bem e o mal?Quantas interrogações Supertramp, quantas chaves para abrir outras janelas. Sim janelas, das que analisamos, interrogamos e talvez um dia possamos evoluir e ir até a porta. Ou não.Evolui mais aquele que busca conhecer de antemão o interior de sua janela e depois a abre para o mundo. Se não me conheço, se não sou capaz de interpretar ou no minímo de questionar tudo que em mim permanece, ou simplesmente passa, não tem de haver a chance de jogar pela janela nada, nada...  Palavras não são jogadas, são escritas, são ditas, são entendidas, mesmo que sejam só palavras ao vento.Sociedade. Foi por ela que fostes até lá supertramp? É possível viver sem ela? E tudo que esteve à tua volta  no meio da natureza? De que/quem faziam parte?Há prazer em viver na sociedade, em (con)viver nela. Não tem é de haver a necessidade dependente e sufocante de
que só dela e por ela é quem advêm todas as coisas. Há muito mais de se conhecer nas estradas vazias de um pedaço da  natureza do que em uma roda de pessoas (i)morais.